Quinta-feira, 21 jun 2007 - 09h18
Tempo ruim suspende pouso da Atlantis Atualizado às 16h00 - Fortes chuvas na região de Cabo Kennedy, na Flórida, suspenderam as duas opções de pouso marcadas para hoje. Nova tentativa será feita amanhã às 15h18. Todas as operações estão sendo transmitidas ao vivo pela NASA-TV e retransmitidas aqui pelo Apolo11.com
As condições do tempo estão sendo monitoradas com bastante atenção pelo centro de previsão meteorológica da Nasa, e até a manhã desta quinta-feira não haviam chances de tempestades na região da pista de pouso. Estão programadas duas tentativas de aterrisagem para esta tarde. Se os previsores e controladores de vôo confirmarem o horário estipulado, das 14h55, o comandante Rick Sturckow e o piloto Lee Archambault, iniciarão as manobras de saída orbital na revolução 202, às 13h50. Caso não seja possível aterrisar a nave no horário programado, o processo deverá ocorrer na órbita 203, às 15h25 com o pouso previsto para às 16h30, também na pista da Flórida. A bordo da Atlantis estão os membros da missão STS-117, que retornam à Terra após mais uma etapa da construção da Estação Espacial Internacional, ISS. Ali os astronautas instalaram outro seguimento de viga, S3/S4 e montaram mais um painel solar para ampliação da capacidade de geração elétrica no complexo. No total foram realizados quatro passeios ou atividades extraveiculares, EVA. Durante o terceiro passeio a equipe realizou reparos externos na manta de proteção térmica que reveste a nave. A Atlantis também levou à ISS seu mais novo membro, o engenheiro de vôo Clayton Anderson, que substituiu sua colega Sunnita Williams, no espaço desde dezembro de 2006. Sunnita, ou Sunny, como é carinhosamente conhecida, estabeleceu o recorde feminino de permanência no espaço, superando sua compatriota Shannon Lucid. Sunny ficou 193 dias em órbita da Terra e de dentro da ISS participou da maratona internacional de Boston, correndo sobre uma esteira. Perdendo velocidade, a Atlantis tende a perder altitude, aumentando o atrito sobre as altas da camada da atmosfera. Esse processo é conhecido como "reentrada", e é um dos momentos mais críticos de toda a missão, somente comparável em risco aos 8 minutos iniciais do lançamento. Durante a reentrada, a temperatura do corpo da espaçonave atinge mais de 1500 graus Celsius e é isolada por milhares de pequenas placas de cerâmica e silica, que revestem a parte inferior do ônibus espacial. O nariz e bordos de ataque da nave são protegidos de forma mais cuidadosa, já que produzem maior atrito e consequentemente mais calor. Cada placa de cerâmica é única e numerada e não pode ser substituída por outra que não seja sua réplica. A elevada temperatura causada pelo atrito aquece os gases ao redor da espaçonave e os incandesce. Essa incandescência é conhecida como plasma e ocorre devido à ionização das partículas dos gases. Essa ionização bloqueia a propagação das ondas de rádio e impede a transmissão de dados e as comunicações de voz entre a nave e o centro de controle da missão. Foto: Entrevista coletiva concedida na tarde de quarta-feira pela tripulação do ônibus espacial atlantis. Crédito: Nasa TV. Muito mais sobre o Ônibus Espacial LEIA MAIS NOTÍCIAS
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