Quinta-feira, 11 out 2007 - 09h46
Praticamente ninguém duvida que possa existir vida em algum local do universo. Existem centenas de milhares de galáxias e a possibilidade de haver vida, mesmo que microscópica, em algum planeta distante é muito grande. No entanto, até agora nada foi achado.
Se encontrar vida microscópica é tão difícil, imagine então tentar encontrar vida inteligente. É uma tarefa quase impossível, mas os esforços para tentar detectar algum sinal emitido de algum local do espaço não param e têm consumido o tempo de diversos pesquisadores, e por que não dizer, muitos milhões de dólares também. Na tentativa de aumentar a capacidade de busca de sinais extraterrestres, começou a operar ontem na Califórnia, EUA, o Radiotelescópio Allen, também chamado de ATA, que deverá ajudar os cientistas do projeto SETI nesta hercúlea tarefa. O radiotelescópio entrou em operação com 42 antenas de seis metros de diâmetro cada uma, mas quando completamente construído formará um gigantesco arranjo de 350 antenas parabólicas apontadas para o céu. O ATA é o primeiro radiotelescópio dedicado exclusivamente ao Projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por inteligência Extraterrestre) e leva o nome de Radiotelescópio Allen em homenagem ao maior financiador de sua construção, o co-fundador da Microsoft, Paul Allen.
Na busca por sinais extraterrestres o Projeto SETI tem usado o tempo ocioso de diversos radiotelescópios espalhados pelo mundo, como Arecibo, em Porto Rico. Isso não permite uma observação sistemática, já que os equipamentos também são usados com outras finalidades. Com a entrada em operação do ATA as coisas devem mudar, permitindo monitoramento dos sinais que chegam do espaço durante 24 horas por dia. "Esta é a primeira vez que teremos um radiotelescópio só para nós e principalmente, com as características que determinamos", disse Jill Tarter, um dos diretores do Projeto SETI. O ATA vai monitorar freqüências entre 1 e 10 gigahertz, uma região do espectro eletromagnético praticamente livre da interferência de outras fontes de ruído, como as emissões vindas de elétrons em movimento ao redor dos campos magnéticos das galáxias. Segundo Tarter, "a única fonte de ruído será a radiação cósmica de fundo", se referindo à radiação remanescente do Big Bang, cujo sinal vem sendo continuamente estudado. Apesar de ser desenvolvido na tentativa de estudo de sinais inteligentes, o ATA também será usado para pesquisas em astrofísica, já que possui largo campo de visão, tornando-o ideal para observações do céu em larga escala. "Enquanto o ATA estiver sendo usado na pesquisa astronômica, poderá, simultaneamente, captar os sinais das estrelas naquela direção", disse Jack Welch, professor da Universidade da Califórnia e projetista do sistema de recepção do ATA. Cada uma das antenas que compõe o radiotelescópio tem um custo aproximado de 100 mil dólares. "Ainda estamos buscando outros investidores para construir mais antenas. Quem estiver interessado poderá doar uma ou duas e colocar o próprio nome nelas" disse Welch. Alguém se habilita? No topo, concepção artítica mostra a vista panorâmica de parte do complexo de radiotelescópios do projeto SETI. Na seqüência vemos a imagem de uma das antenas do ATA, captada por uma webcam próxima ao complexo. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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