Terça-feira, 20 nov 2007 - 09h36
Espaçonaves, terremotos, furacões, cometas esquisitos. A fronteira do espaço. Diariamente, o Apolo11 apresenta diversos temas multidisciplinares ligados às ciências exatas, que despertam a curiosidade e enriquecem ainda mais o conhecimento dos nossos visitantes. Esse é o nosso objetivo.
No entanto, algumas vezes é necessário dar uma folga ao nosso cérebro. É preciso relaxar e permitir que as baterias se recarreguem para um novo ciclo de trabalho e aprendizado. E nada melhor que um bom final de semana para colocar isso em prática. Por isso, hoje não vamos falar dos assuntos habituais. Hoje vamos apresentar a famosa bailarina que parece girar para a direita. Ou seria para a esquerda? Vamos ver! Olhe fixamente para a singela silhueta da bailarina acima, que parece rodopiar como um peão. Para que lado ela gira? Alguns dirão categoricamente que a bailarina gira no sentido horário e outros são capazes de apostar que não, que o giro é anti-horário e que todos estão vendo coisas. Não sabemos o lado que sua bailarina está girando, por isso feche os olhos e relaxe. Experimente enxergar a donzela girando no sentido contrário. Se não conseguir, vá até a cozinha, tome um suco, café, ou leve o cachorro para passear. Depois volte aqui e tente novamente. Conseguiu? Uau!!!! Ver a bailarina rodopiar ao contrário é sempre uma grata surpresa. Experimente inverter novamente o sentido. Com um pouco mais de habilidade é possível fazê-la rodopiar para qualquer lado, no momento que achar melhor. Mas como é possível? Por que isso acontece? Esta imagem apareceu pela primeira vez em uma reportagem da Australian Associated Press, que especulava sobre um suposto teste de lateralidade cerebral. De acordo com a matéria, quem vê a dançarina girar no sentido horário usaria mais o lado direito do cérebro e quem a vê rodopiar no sentido anti-horário faria mais uso do lado esquerdo do cérebro. No entanto, segundo a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, a interpretação do movimento é casual e surge de algum processo já em andamento no cérebro em determinado instante, tornando a interpretação tendenciosa para um lado ou outro.
O truque, segundo Houzel, é identificar sobre qual perna a bailarina rodopia. Segundo ela, as imagens do movimento são ambíguas. Metade dos quadros tanto pode representar a bailarina vista de frente ou de costas. Na outra metade das imagens, onde a dançarina aparece de lado, a perna levantada pode ser tanto a esquerda quanto a direita. A imagem ao lado tenta convencê-lo disso. No entanto, Houzel explica que o cérebro, não gosta muito de ambigüidades, e sempre vai tentar enquadrar as representações do mundo de maneira única e coerente: se há movimento, a bailarina tem que girar para algum lado, tanto faz se esquerda ou direita e para justificar a coerência, quando o cérebro vê a dançarina girando para no sentido horário, ele também vê a perna direita levantada e quando percebe a bailarina rodopiando no sentido anti-horário, ele enxerga a perna esquerda levantada. Tudo isso para justificar de forma correta o movimento. Houzel diz que a parte da lateralidade é besteira e que a reportagem original banaliza incorretamente a o estudo da lateralização cerebral, que de fato existe. Segundo a cientista o movimento da bailarina nada tem a ver com o uso do lado direito do cérebro emocional ou do lado esquerdo, racional. Agora que você já sabe o truque, experiente mudar a sua expectativa, convencendo seu cérebro a interpretar o movimento de duas maneias distintas. Depois pegue o cachorro, o gato e a família e leve-os para passear. Afinal, é fim de semana! LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"O homem é sábio quando procura a sabedoria. Quando pensa que a encontrou é burro." - Talmud -