Quarta-feira, 9 jan 2008 - 10h32
Ao contrário do que afirmam os grupos ambientalistas, o total de florestas tropicais existentes não está diminuindo. De acordo com um estudo feito na Inglaterra, a quantidade de florestas aumentou entre 1983 e 2000.
O estudo, elaborado na Universidade de Leeds e coordenado pelo pesquisador Alan Gringer, também afirma que não existem provas suficientes de que as áreas de cobertura vegetal estejam diminuindo. Para o pesquisador, o aumento das áreas florestais mostrado em seu trabalho pode ser resultado do reflorestamento, que pode estar compensando as taxas de desmatamento das florestas tropicais.
"Apesar de o desmatamento estar ocorrendo muito rapidamente, o reflorestamento também está sendo feito de maneira mais intensa", disse o pesquisador. O aumento aparente na área coberta pelas florestas tropicais devido ao reflorestamento não substitui a riqueza natural da mata nativa. "A área reflorestada não pode ser vista como substituta da biodiversidade e nem é alternativa às funções do carbono das florestas primárias", ressalta Gringer. Para conseguir maior precisão nos resultados, foram analisados dados sobre a quantidade de florestas tropicais nas regiões da Amazônia, Bornéo e bacia do Congo, em áreas próximas aos trópicos úmidos. O resultado das análises mostrou que desde 1970 não há declínio na área coberta pelas florestas nestas regiões do globo. Além disso, o estudo de Gringer mostrou, com base em dados de 2006, que as áreas de floresta tropical no Gâmbia e no Vietnã aumentaram desde 1990. "O cenário é muito mais complicado do que se pensava. Se não há registros de declínio nas áreas florestais no longo prazo, isso pode sugerir que o desmatamento está sendo acompanhado por um alto índice de reflorestamento que não foi observado", diz Gringer. "Isso permitiria reconstruir as alterações nas áreas florestais desde 1970 e dessa forma saber com certeza o que aconteceu com as florestas tropicais nos últimos 40 anos", finaliza Gringer. Foto: Floresta Amazônica: O aumento nas áreas de reflorestamento não substitui a riqueza natural da mata nativa. Segundo Gringer, a área reflorestada não pode ser vista como substituta da biodiversidade ou das às funções do carbono nos ciclos das florestas nativas. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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