Quinta-feira, 24 abr 2008 - 10h36
Durante todo o dia seguinte ao terremoto ocorrido em alto mar, próximo à cidade de São Vicente, o Apolo11 recebeu pelo menos 250 e-mails de internautas interessados em maiores detalhes do evento. Muitos se mostraram preocupados com o fenômeno enquanto outros gostariam de maiores detalhes. Para tentar responder às questões, elaboramos uma pequena lista das perguntas mais freqüentes e que reproduzimos abaixo.
Forte terremoto atinge litoral de São Paulo
O evento do último dia 22 de abril ocorreu a milhares de quilômetros das bordas de qualquer uma dessas placas o que exclui o envolvimento direto de seus movimentos no sismo registrado. Saber com absoluta certeza o ocorreu no fundo do oceano, a 10 quilômetros de profundidade, pode demandar muito tempo de pesquisa, mas é muito provável que a causa do abalo tenha sido motivada pela liberação da energia em uma zona instável, que os cientistas chamam de falha geológica. Toda placa tectônica é recortada por vários pequenos blocos, de várias dimensões. Esses recortes, ou falhas geológicas, se parecem com feridas que não cicatrizam: mesmo sendo antigos, podem se abrir a qualquer momento e liberar a energia acumulada. Se você tem um bloco recortado e o comprime de um lado e de outro, em um dado momento ele se rompe onde já existe a fratura.
Não há consenso entre os especialistas sobre o aumento dos abalos verificados. Alguns sustentam que o país pode estar passando por uma fase de liberação da energia acumulada ao longo de milhões de anos na região das falhas. Essa energia estaria então provocando rupturas e desmoronamentos muitos quilômetros abaixo do solo continental e marítimo. Outros, entretanto, acreditam que o aumento verificado é provocado pela melhor disseminação da informação e do registro sismográfico. Há 30 anos, por exemplo, um terremoto de 4.0 graus ocorrido nas áreas mais remotas nem chegaria ao conhecimento da população dos grandes centros. Segundo o professor, o maior número de falhas se concentra nas Regiões Sudeste e Nordeste do país, seguidas pela Região Norte e Centro-Oeste. A Região Sul é a que apresenta o menor número de falhas. Naturalmente, o aprofundamento do estudo de Saadi pode indicar a existência de outras falhas. Isso permitiria um melhor planejamento na construção de moradias nas localidades apontadas como instáveis, contornando e até mesmo evitando que sismos de baixa magnitude possam causar danos e prejuízos. Ilustrações: No topo vemos o mapa de parte da costa sudeste do Brasil, indicando o local do epicentro do evento. Na seqüência vemos o sismograma do terremoto, registrado pelo estudante de geologia Rogério Marcon. O equipamento está localizado na cidade de Campinas e pela imagem vemos que as ondas sísmicas levaram três minutos para atingir o sensor. O equipamento foi construído pelo próprio estudante. Acima vemos o mapa que detalha a localização das falhas geológicas brasilieras. Clique sobre o mapa para ampliá-lo. LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"O homem é sábio quando procura a sabedoria. Quando pensa que a encontrou é burro." - Talmud -