Sexta-feira, 27 mar 2009 - 09h18
Após quase duas semanas em órbita, chega ao fim a missão STS-119 do Ônibus Espacial Discovery. Comandada pelo astronauta Lee Archambault, o transportador norte-americano deverá pousar na pista do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, às 14h39 deste sábado pelo horário de Brasília, mas uma segunda oportunidade poderá ocorrer às 16h14, caso as condições meteorológicas no leste dos EUA não sejam favoráveis ao pouso.
Oficialmente batizada de STS-119, a missão teve o objetivo principal de transportar e instalar o grande suporte S6 e o conjunto final de painéis solares necessários à ampliação da capacidade elétrica da Estação Espacial Internacional, ISS. Além disso, os astronautas realizaram os preparativos necessários à troca de um conjunto de baterias, que será feita na próxima missão e instalaram um novo sistema de antenas de sinais GPS no módulo japonês Kibo. O suporte S6 (S6 Truss) foi instalado na ISS durante a primeira EVA (atividade extraveicular, ou passeio espacial), juntamente com os novos painéis e os motores de rastreio solar que permitem que a estrutura de captação fique apontada continuamente para o Sol. Os painéis ampliarão a capacidade elétrica da ISS e junto com os captadores já instalados fornecerão entre 84 e 120 Kilowatts de energia, o suficiente para abastecer até 40 residências de médio porte. A ampliação foi necessária devido à maior demanda prevista, uma vez que a tripulação fixa da ISS passará de 3 para 6 pessoas ainda este ano. Além disso, os novos experimentos científicos exigirão maior capacidade de carga do sistema. A missão também foi a responsável por levar à ISS o astronauta japonês Koichi Wakata que assumiu o posto de engenheiro de vôo da Estação Espacial no lugar da astronauta Sandra Magnus, a bordo da Estação há mais de quatro meses. Sandra retornará à Terra junto à tripulação da Discovery após 134 dias na ausência de gravidade. Wakata permanecerá no espaço até junho de 2009.
Perdendo velocidade, a nave tende a perder altitude, aumentando o atrito sobre as altas da camada da atmosfera. Esse processo é conhecido como reentrada, e é um dos momentos mais críticos de toda a missão, somente comparável em risco aos 8 minutos iniciais do lançamento.
Durante a reentrada, a temperatura do corpo da espaçonave atinge mais de 1500 graus centígrados. Essa temperatura é isolada por milhares de pequenas placas de cerâmica e sílica, que revestem a parte inferior do ônibus espacial. O nariz e bordos de ataque da nave são protegidos de forma mais cuidadosa, já que produzem maior atrito e consequentemente mais calor. A elevada temperatura aquece os gases ao redor da espaçonave e os incandesce. Esse fenômeno é conhecido por plasma e ocorre devido à ionização das partículas dos gases. A ionização é responsável pelo bloqueio das ondas de rádio e impede a comunicação da nave com os controles de terra no momento da reentrada.
Para ver a missão vivo e acompanhar o pouso da Discovery, clique aqui
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