Terça-feira, 28 abr 2009 - 10h40
A próxima missão do programa dos ônibus espaciais está sendo ansiosamente aguardada pela comunidade astronômica em todo o mundo. E não é para menos. A missão é completamente voltada aos reparos do telescópio espacial Hubble e tem como objetivo fazer uma verdadeira reforma no mais importante observatório astronômico em órbita da Terra.
A missão de reparos, oficialmente chamada STS-125, será a última viagem que um ônibus espacial fará com destino ao telescópio. Durante as cinco EVAs - atividades extraveiculares - programadas, os astronautas deverão instalar dois novos instrumentos, reparar outros dois equipamentos inativos e realizar uma série de substituições de componentes que farão com que o telescópio continue em operação até 2014. Durante o conserto do telescópio, um verdadeiro batalhão de engenheiros localizados em diversos Estados americanos estará dando apoio aos astronautas em todas as fases da missão. As principais instruções e comandos, no entanto, partirão do GFSC, Centro Espacial Goddard, da Nasa, onde funciona o Centro de Controle e Operações do Telescópio. Dali partirão os comandos diretamente ligados ao observatório, que permitirão que o equipamento receba as manutenções em pleno espaço.
Uma vez capturado, os astronautas iniciarão cinco atividades extraveiculares, também chamados passeios espaciais, com duração de seis horas e meia cada uma. Os trabalhos serão realizados externamente sempre por dois astronautas. Um deles será responsável pelas tarefas envolvendo os componentes livres de flutuação acoplados ao Hubble emquanto o segundo trabalhará conectado ao braço robótico Canadarm, que será operado por um terceiro astronauta. Para manter a segurança e evitar que flutuem para longe do ônibus espacial, os astronautas permanecerão amarrados a um dos cabos que correm ao longo do compartimento de carga. Além disso, o telescópio Hubble foi construído com corrimãos que permitem aos astronautas atingirem partes do equipamento sem correrem riscos.
A WFC3 será o principal instrumento no estudo da energia e matéria escura, formação das estrelas e descoberta de galáxias extremamente remotas. A câmera tem capacidade de "ver" em três diferentes comprimentos de onda: ultravioleta próximo, visível e infravermelho próximo. Além disso, seus sensores têm uma gama de resposta muito maior que os instrumentos atuais a bordo do telescópio. A nova câmera será instalada no mesmo compartimento onde hoje está a Câmera Planetária de Ângulo Largo, WFPC2, que será retirada para liberar espaço para o novo instrumento. O segundo equipamento, COS, é um espectroscópio que "vê" apenas no comprimento de onda ultravioleta, capaz de decompor a luz proveniente de galáxias em evolução ou planetas em formação, permitindo aos cientistas conhecerem os elementos químicos que compõe os objetos. De acordo com a Nasa, o novo equipamento aumentará em 70 vezes a capacidade de observação de objetos muito tênues. Da mesma forma que a câmera de ângulo largo, O COS será instalado no local de outro equipamento que será substituído. Neste caso a peça a ser trocada será o COSTAR, um dispositivo instalado no Hubble durante a primeira missão de reparos em 1993 e que foi utilizada para corrigir uma imperfeição do espelho principal do telescópio. Desde a primeira missão de consertos, todos os instrumentos trocados já englobavam a tecnologia de correção, assim o Costar não é mais necessário.
Veja abaixo quem irá ao espaço e quais serão suas tarefas na missão.
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