Sexta-feira, 8 mai 2009 - 09h33
A pesquisa astronômica está prestes a ganhar um novo trio de poderosos olhos espaciais. Na próxima segunda-feira a Nasa enviará ao espaço a quarta missão que deverá ampliar a capacidade do telescópio espacial Hubble e três dias depois é a vez da Agência Espacial Européia colocar em órbita dois novos observatórios, os telescópios Planck e Herschel.
A colocação de mais dois instrumentos em órbita por parte da Agência Espacial Européia, ESA, fará a Europa ultrapassar os EUA e assumir a liderança em áreas chaves da cosmologia, atualmente nas mãos dos cientistas norte-americanos através dos telescópios Hubble, Spitzer e Chandra. Para economizar dinheiro, a Esa lançará Plank e Herschel ao mesmo tempo. Para isso utilizará um único foguete do tipo Ariane 5, que será lançado da base da Guiana Francesa, na costa norte da América do Sul. Os dois telescópios viajarão separadamente até 1.5 milhão de quilômetros da Terra, quando entrarão em órbita ao redor do Sol. Se todos os instrumentos trabalharem como planejado, os pesquisadores poderão quase observar o nascimento do Universo, há 13.7 bilhões de anos. Os instrumentos permitirão detectar as primeiras estrelas e galáxias e assim validar ou rejeitar teorias sobre o que aconteceu nos segundos iniciais logo após o Big bang, o momento que deu origem ao Universo.
Os três telescópios reúnem as mais modernas tecnologias atualmente desenvolvidas. Herschel terá o maior espelho já colocado no espaço, com 3.5 metros de diâmetro e Planck será capaz de detectar diferenças de temperaturas inferiores a duas partes por milhão. Dos três observatórios, o Hubble é o que melhor se adapta ao estudo das galáxias, estrelas e planetas além do Sistema Solar. Seu espelho tem 2.5 metros de diâmetro e quando atualizado na próxima missão será capaz de detectar objetos 70 vezes mais tênues do que atualmente.
O equivalente americano ao telescópio Herschel é o observatório Spitzer, que tem um espelho bem menor, com cerca de 85 centímetros de diâmetro. Seu nome foi dado em homenagem ao astrônomo britânico William Herschel, que descobriu o planeta Urano.
Segundo o cientista Benjamin Wandelt, da Universidade de Illinois, Planck fornecerá as mais profundas e detalhadas imagens do início do Universo. "Ele será a maior ferramenta que teremos para tentar responder a questão crucial sobre o começo do Universo: O que disparou o Big Bang?".
O telescópio Hubble foi batizado em homenagem ao astrônomo americano Edwin Hubble, o primeiro cientista a propor a expansão do Universo. Leia também:
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