Segunda-feira, 30 nov 2009 - 09h16
Apesar do deserto do Saara ser lembrado como um local inóspito e seco, onde as temperaturas facilmente ultrapassam os 50 graus Celsius, em algumas localidades essa tórrida paisagem pode dar lugar a um verdadeiro oásis, capaz de matar a sede dos homens e animais que cruzam o coração do deserto.
Clique para ampliar Nesta foto, registrada no dia 14 de novembro de 2009 pela Expedição 21 da Estação Espacial Internacional, ISS, vemos uma dessas paisagens. Nela se destaca uma série de dez lagos localizados na Bacia do Ounianga, ao nordeste do Chade, em pleno coração do deserto africano. Os lagos fotografados são o que restou de um corpo de água muito maior, com mais de 10 km de comprimento, que uma vez ocupou essa remota área entre 14800 e 5500 anos atrás. À medida que o clima ressecou durante os milênios subsequentes, o grande lago encolheu e teve sua depressão invadida pelas dunas de areia formadas pelo vento, dividindo o lago original em pequenas bacias. A foto, feita de uma altitude de 340 km, mostra uma área de 11 por 9 km. Na cena, os lagos aparecem como superfícies mais escuras, completamente divididos por dunas de areias bastante lineares que invadem a depressão nordeste. Os ventos constantes que sopram durante quase todo o ano e o céu praticamente sem nuvens colaboram com a alta taxa de evaporação, que chega a seis metros de água por ano. Apesar desse intenso mecanismo de ressecamento, apenas um dos lagos tem sua água salgada.
O aquífero subterrâneo foi abastecido com água durante o Período de Umidade Africano, entre 14800 e 5500 atrás, quando as monções de verão do oeste do continente eram muito mais intensas do que atualmente, permitindo que a região central do deserto fosse praticamente coberta por savanas.
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