Quarta-feira, 3 mar 2010 - 10h00
Apesar do derretimento dos glaciares estar bem documentado, uma equipe de cientistas afirma que estudos anteriores superestimaram a perda de massa das geleiras do Alasca ao longo dos últimos 40 anos e o degelo naquela região não está ocorrendo tão rápido como supunham. No entanto, as perdas globais continuam avançando em um ritmo maior que o previsto.
Clique para ampliar De acordo com o estudo liderado pelos cientistas Étienne Berthier, do Laboratório de Estudos Espaciais, Geofísicos e Oceanográficos da Universidade de Toulouse, na França e Erik Schiefer, da Universidade do Arizona do Norte, nos EUA, o derretimento da geleira no Alasca entre 1962 e 2006 contribuiu com 30% a menos na elevação do nível do mar do que estimado anteriormente. Segundo Schiefer, os estudos anteriores apontavam que o derretimento de geleiras no Alasca contribui anualmente com 0.17 milímetro na elevação do nível do mar, mas os novos cálculos revelam que a elevação anual foi de apenas 0.02 milímetro. Apesar de pequenos, os números mostrados não podem ser subestimados pois são somados por décadas seguidas. A equipe de Schiefer e Berthier considerou apenas três quartos de todo o gelo do Alasca. "Estamos falando de uma pequena porção de todo o gelo do planeta. Se consideramos as grandes placas da Antártida e Groenlândia, as taxas de derretimento e aumento do nível do mar são muito mais significativas", disse Schiefer. O pesquisador disse também que sua equipe pretende usar as mesmas metodologias aplicadas ao estudo em outras regiões do Alasca glacial e determinar se novos ajustes nos modelos de derretimento serão necessários. Clique para ampliar
Os pesquisadores utilizaram dados do satélite francês SPOT 5 e do nipo-americano ASTER, convertendo as imagens óticas em dados de elevação. Em seguida compararam as informações com os mapas topográficos de elevação glacial da década de 1950.
De acordo com Schiefer, com as atuais projeções das mudanças climáticas a aceleração dever continuar. "Este aumento substancial da perda de gelo desde a década de 1990 está empurrando para cima o aumento do nível do mar entre 0.24 e 0.3 milímetro por ano, mais que o dobro da média das últimas quatro décadas", disse o pesquisador.
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