Quinta-feira, 18 mar 2010 - 09h25
Imagens da Estação Espacial Internacional todos já viram de vários ângulos e distâncias. É uma estrutura enorme, maior que um campo de futebol e repleta de painéis, módulos e andaimes flutuantes que diariamente orbita nosso planeta. Mas o que dizer dessa imagem da Estação, feita através de pulsos de radar disparados por outro satélite que passou bem próximo do complexo orbital?
Clique para ampliar Ao contrário das câmeras óticas, o imageamento por radar não registra as superfícies e é muito mais sensível às bordas e cantos estruturais que refletem com maior eficiência os sinais de microondas disparados pela antena. Superfícies lisas como a dos painéis solares ou dos dissipadores de calor, a menos que estejam de frente para a antena do radar, defletem os pulsos ao invés de refleti-los, produzindo áreas negras nas imagens formadas. Vista dessa maneira a Estação parece uma coleção densa de pontos brilhantes onde os contornos estruturais podem ser vistos claramente. O corpo principal da Estação, onde todos os módulos são encaixados é uma estrutura em forma de grade com múltiplas superfícies de reflexão, tornando-a facilmente identificável. A cena mostrada tem uma resolução de cerca de um metro por pixel. Isso significa que objetos menores que esse tamanho não podem ser vistos separadamente, mas se estiverem suficientemente próximos parecerão como um único bloco na imagem de radar. A imagem foi captada no dia 13 de março de 2008 pelo satélite alemão de sensoriamento remoto TerraSAR-X, a uma distância de apenas 195 quilômetros da Estação. No momento do registro a velocidade relativa do satélite e da ISS era de 34.500 quilômetros por hora.
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