Quarta-feira, 7 abr 2010 - 10h16
Apesar dos últimos acontecimentos ocorridos no Haiti, Turquia, Chile e Baixa Califórnia, ou mesmo a série de abalos sucessivos registrados atualmente na Turquia terem chamado a atenção da imprensa e das pessoas de modo geral, não existe qualquer comprovação científica de que os tremores estejam aumentando. Nem este ano, nem nas décadas passadas.
Tremores como o que aconteceu no Chile, de 8.8 graus ocorrem em média duas vezes ao ano em todo o planeta, portanto ainda podemos esperar pelo menos mais um abalo dessa magnitude. A única exceção ocorreu em 2004, quando foram registrados quatro abalos nessa faixa de intensidade. Eventos com magnitude entre 7.0 e 7.9, similares aos registrados na Baixa Califórnia em 4 de abril ou norte de Sumatra, no dia de ontem (7 de abril), ocorrem em média 14 vezes ao ano. Em 2009 ocorreram 16 abalos nessa faixa e nos últimos 500 anos foram registrados pelo menos uma dúzia deles somente na região caribenha. Um deles, de 7.6 graus (oito vezes mais intenso que o do Haiti), atingiu a República Dominicana em 1946 deixando mais de 20 mil desabrigados.
O incremento de estações e a capacidade de disseminar os dados registrados mais rapidamente através de satélites, telex e internet permitiu aos centros sismológicos localizar pequenos abalos praticamente indetectáveis anos atrás, tornando sua divulgação praticamente imediata, colaborando ainda mais para a sensação de aumento de sismos.
Até o presente momento, cientificamente não existe qualquer relação entre os sismos ocorridos e a proximidade entre os eventos só pode ser atribuído ao acaso.
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