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Quinta-feira, 10 jun 2010 - 09h55

Trappist: novo telescópio vai estudar exoplanetas e cometas

O Observatório Europeu Austral (ESO) divulgou esta semana a primeira imagem captada pelo novo telescópio Trappist, que já está em funcionamento no observatório astronômico La Silla, nos arredores do deserto do Atacama, no norte do Chile. O telescópio tem quase 60 centímetros de abertura e é operado a 12 mil quilômetros de distância em Liège, na Bélgica.

Nebulosa da Tarântula
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A nebulosa da Tarântula, meio enigmática, foi a composição de estreia - a primeira luz do telescópio. Pertencente à Grande Nuvem de Magalhães, a nebulosa da Tarântula é uma das galáxias mais próximas da Via Láctea e foi identificada pela primeira vez em 1751. Sua distância é calculada em aproximadamente 160 mil anos-luz e é extremamente luminosa. Seu nome remete à aranha caranguejeira.

A função do Trappist daqui pra frente será localizar planetas fora do Sistema Solar, os chamados exoplanetas, além de cometas em órbita ao redor do Sol. Para isso, o telescópio conta com filtros especiais de alta qualidade que permitem estudar diversos tipos de elementos.

Telescópio Trappist
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O Trappist também realizará medições de alta precisão das reduções de luminosidade, causadas por exoplanetas que transitam frente ao disco estelar. Quando um planeta passa pela estrela, parte da luz é bloqueada e o brilho diminui. Por isso, é tão importante essa análise. Quando maior o planeta, menor a luminosidade da estrela que chega até o telescópio.

Emmanuël Jehin e Michaël Gillon estão à frente do projeto e falam da grande importância para o estudo do Universo. "Os planetas terrestres similares à Terra são alvos óbvios em nossa busca por vida fora do Sistema Solar, além disso se suspeita que os cometas desempenharam um papel importante na aparição e desenvolvimento da vida em nosso planeta", declarou Jehin.


Observatório La Silla
O Observatório na montanha La Silla fica a uma altitude de 2.400 metros, no norte do Chile e abriga mais de 18 telescópios. Nove deles foram construídos pelo ESO e outros também são mantidos pelo Observatório Europeu.

Observatório Trappist
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La Silla é uma região propícia para a observação, pois está totalmente isolada, afastada de qualquer luz artificial e outras interferências que possam prejudicar as observações.


Legenda: No topo, a nebulosa da Tarântula, primeira luz captada pelo novo telescópio batizado de Trappist, do Observatório Europeu Austral. A segunda foto mostra o telescópio no Observatório La Silla, no extremo sul do deserto do Atacama, no Chile. Na última foto, a montanha de La Silla que abriga outros telescópios a 2.400 metros de altitude. Crédito: ESO / Wikipedia.

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