Terça-feira, 17 ago 2010 - 09h45
Os incêndios e as queimadas saíram de controle na parte Centro-oeste e Norte do Brasil nas últimas semanas. A situação é agravada pelo clima seco nas duas Regiões, comum nesta época do ano. Durante o inverno, a chuva é escassa no interior do país o que deixa a vegetação ressecada com o passar dos meses sendo um campo propício para a proliferação do fogo.
Clique para ampliar O satélite Aqua da agência espacial americana (Nasa) capturou no dia 7 de agosto de 2010 uma imagem de cores naturais onde aparecem os focos de incêndio ativos ao longo do Rio Madeira, nas proximidades de Porto Velho, capital de Rondônia. A imagem de satélite mostra ainda os rastros da fumaça que se espalha pela região. Com uma observação mais detalhada é possível notar que o fogo queima particularmente próximo às estradas. A esmagadora maioria dos incêndios é de origem criminosa, produzidos com o intuito de limpar a terra, ameaçando parques, plantações e moradias sem levar em conta o desmatamento e os danos causados à fauna e à flora das regiões. No Brasil, o monitoramento feito através de imagens de satélite captadas pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) indica um surpreendente aumento dos focos de incêndio este ano. O Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e o Pará são os que mais se destacam. Há mais de uma semana o fogo consome o Parque Estadual de Lajeado, perto de Palmas, capital do Tocantins. Segundo autoridades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a situação só deve ser controlada no final desta semana. Uma força- tarefa com 200 homens, dois aviões e dois helicópteros atuam na região lançando litros e litros de água para tentar conter as chamas. A fumaça já chegou às capitais Palmas, Manaus, Porto Velho e Rio Branco, mudando a paisagem e afetando diretamente a saúde da população. De acordo com o INPE, só nesta segunda-feira (16), mais de 12 mil focos de incêndio foram registrados espalhados por 18 estados e pelo Distrito Federal. Ontem, a maior parte estava concentrada no Pará, com 5.046 focos. O período mais crítico das queimadas na Região Centro-oeste e no sul da Amazônia é justamente agosto e setembro, meses de maior estiagem.
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