Quinta-feira, 12 jul 2012 - 10h29
Utilizando dados do telescópio espacial Hubble, uma equipe de pesquisadores estadunidenses confirmou que o planeta-anão Plutão tem mais uma lua girando ao redor de sua orbita. A descoberta reforça a existência de objetos menores ao redor de Plutão e confirma a melhoria na detecção de corpos pequenos que possam ameaçar a Terra.
Batizado provisoriamente como S/2012 (134340) 1, o objeto foi detectado a partir de 9 imagens individuais feitas com a câmera grande angular WFC (Wide Field Camera), a bordo do telescópio Hubble, entre os dias 26, 27 e 29 de junho e 7 e 9 de julho. Há exatamente 1 ano a mesma câmera descobriu a quarta lua, P4, a orbitar Plutão. De acordo com o comunicado, a nova lua orbita planeta-anão de forma circular a 93 mil km de altitude e tem formato bastante irregular, medindo entre 10 e 25 km de comprimento. Para facilitar a identificação, S/2012 recebeu Informalmente a designação de P5. Liderada pelo astrofísico Mark Showalter, ligado ao Instituto SETI, a equipe de pesquisadores ainda não tem uma teoria razoável que possa explicar com exatidão como um objeto tão pequeno pode ter uma coleção tão complexa de satélites. A explicação mais plausível é que todas as luas são remanescentes de uma colisão entre Plutão e outro corpo do Cinturão de Kuiper, ocorrida ainda durante a formação do Sistema Solar. "A descoberta de tantas pequenas luas nos diz que deve haver muitas pequenas partículas invisíveis escondidas no sistema de Plutão", disse o cientista Harold Weaver, coautor da descoberta junto ao Departamento de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins. Além da descoberta da nova lua, a equipe de astrônomos também está usando a poderosa câmera WFC para vasculhar o sistema de Plutão na tentativa de descobrir riscos potenciais para a sonda New Horizons. A nave está se aproximando do planeta-anão a uma velocidade de 50 mil km/h e pode ser destruída no caso de uma colisão com alguma rocha, mesmo de diminutas dimensões. A maior lua de Plutão, Caronte, tem 2930 km de diâmetro (70% da nossa Lua) e foi descoberta em 1978 pelo Observatório Naval dos EUA. Em 2005, observações feitas pelo telescópio Hubble detectaram outros dois satélites, batizados Nix e Hydra. Em 2011 foi a vez de S/2011 (134340)1 (P4) ser descoberto.
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