Quarta-feira, 16 jan 2013 - 10h33
Por Rogério Leite
Cientistas da Agência espacial americana, Nasa, divulgaram ontem o mais recente relatório sobre as anomalias de temperatura no planeta e confirmaram novamente que a temperatura média da Terra continua em elevação. Segundo a agência, 2012 foi o nono ano mais quente desde que começaram as medições em 1880.
O relatório apresentado compara as temperaturas ao redor do planeta observadas em 2012 com a média global registrada entre os anos de 1950 e 1980, conhecida como linha-base e o resultado indica que a Terra continua experimentando temperaturas cada vez mais elevadas do que nas décadas passadas. Os dados foram apresentados pelo GISS, Goddard Institute for Space Studies, da Nasa e mostram que a temperatura média da Terra em 2012 ficou em 14.6 graus Celsius, cerca de 0,54 mais quente que o período da linha-base (1950-1980). O estudo também indica que a temperatura global média aumentou 0,8 grau desde 1980, ano em que as medições começaram.
Cada ano sucessivo não será necessariamente mais quente que o ano anterior, mas com o nível de emissão de gases cada vez mais elevado faz prever que as próximas décadas serão sempre mais quentes que a década anterior.
O CO2 é um dos principais gases responsáveis pelo Efeito Estufa, que age como uma verdadeira armadilha que aprisiona o calor na troposfera. Ele é injetado no ar naturalmente durante a decomposição de materiais orgânicos, mas também através da queima dos combustíveis fósseis usados para geração de vários tipos de energia, principalmente o petróleo e o carvão. O nível do CO2 na atmosfera vem crescendo constantemente ao longo das décadas. Em 1880, o nível de partículas presentes na atmosfera era de aproximadamente 285 partes por milhão (PPM). Em 1960, essa concentração já havia subido para 315 PPM e atualmente é de cerca de 390 PPM, de acordo com dados publicados diariamente pelo observatório de Mauna Loa, no Havaí.
"As temperaturas do verão americano em 2012 são um exemplo de uma nova tendência de extremos sazonais, com extremos mais quentes que aqueles observados em meados do século 20", disse um dos principais pesquisadores do GISS, James E. Hansen, que estuda o fenômeno do Aquecimento Global desde 1970. Para o cientista, algumas estações ainda poderão ser mais frias que a média de longo prazo, mas uma pessoa perspicaz deverá notar que a frequência de extremos invulgarmente quentes está aumentando. "São os extremos que têm o maior impacto sobre as pessoas e a vida no planeta", disse Hansen.
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