Quinta-feira, 17 jan 2019 - 08h55
Por Rogério Leite
Parece que tudo pode acontecer com Betelgeuse, a enorme estrela vermelha localizada em um dos vértices da constelação de Órion. De acordo estudos recentes, a estrela poderá se chocar com uma enorme parede de fragmentos que nem os pesquisadores sabem ao certo de onde vem.
Estrela Betelgeuse vista pelo instrumento PACS (Photodetecting Array Camera and Spectrometer) do telescópio espacial. Herschel. Os arcos à esquerda são parte do material ejetado pela estrela, moldado pela interação entre a onda de choque e o meio interestelar. O pálido material à esquerda é a poeira que deve colidir com a estrela, em evento previsto para os próximos 5 mil anos. Crédito: ESA, Apolo11.com. Uma imagem registrada pelo Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia, revelou que a velha estrela está localizada muito próxima de uma verdadeira barreira espacial, que segundo algumas teorias é o resultado do material ejetado durante a fase anterior da evolução da própria estrela. No entanto, as cenas registradas pelo telescópio Herschel revelam que a muralha pode ser um objeto independente ligado ao campo magnético da galáxia ou então ser a borda de uma nuvem interestelar que está sendo iluminada por Betelgeuse. Discussões teóricas à parte, os pesquisadores sustentam que se essa verdadeira muralha for de fato um objeto independente, estaria então em rota de colisão com as camadas externas já ejetadas pela estrela, contato que aconteceria em aproximadamente 5 mil anos. No entender dos cientistas, o choque direto entre a estrela e a massa de partículas acontecerá 12.500 anos mais tarde. Betelgeuse é uma estrela do tipo supergigante vermelha. Tem cerca de mil vezes o tamanho do nosso Sol e é 100 mil vezes mais brilhante. Para atingir esse estágio, a estrela já derramou no espaço grande parte do seu material, criando um enorme arco ao seu redor. É esse arco que deverá ser o primeiro a se chocar contra a muralha. Os astrônomos preveem que Betelgeuse deverá passar por uma explosão do tipo supernova nos próximos 1000 anos, quando deverá brilhar pelo menos 10 mil vezes mais, com magnitude equivalente ao da Lua crescente. Outros astrônomos dizem que isso não deverá acontecer tão cedo. Em ambos os casos, parece que a explosão cataclísmica de Betelgeuse acontecerá bem antes da colisão prevista. Sendo assim, se prepare. Quem viver verá! LEIA MAIS NOTÍCIAS
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