Quinta-feira, 25 abr 2013 - 10h00
Por Rogério Leite
Localizado a 610 milhões de km do Sol, o cometa C/2012 S1 ISON já chama bastante a atenção dos pesquisadores. Uma nova imagem, feita pelo telescópio espacial Hubble permitiu aos cientistas efetuarem medições mais precisas desse visitante que a cada dia se aproxima mais do Sol.
Clique para ampliar A nova imagem, registrada com incrível quantidade de detalhes, revela um intenso jato de partículas geladas sendo soprado na direção oposta do Sol, revelando que o calor e a pressão do vento solar já exercem influência significativa na estrutura do cometa. A cena também permitiu medir alguns parâmetros físicos e os primeiros números sugerem que o núcleo de ISON tem entre 5 e 6 km de diâmetro, considerado bastante pequeno quando comparado ao alto nível da atividade observada. A atmosfera do cometa, chamada de coma ou cabeleira foi estimada em 5 mil km, enquanto a esteira de partículas se estende por mais de 90 mil km desde o núcleo. À medida que o cometa se aproxima do Sol e se aquece, mais material gelado será sublimado (passagem do estado sólido para o estado gasoso), o que tornará sua coma ainda maior. Com a aproximação, a pressão do vento solar também será mais intensa e soprará com mais vigor as partículas de gelo e poeira, o que fará a cauda de ISON se entender por milhões de quilômetros.
Se sobreviver à tórrida aproximação, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho será tão forte que poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia.
LEIA MAIS NOTÍCIAS
Se você precisa de uma base de dados de latitude e Longitude das cidades brasileiras, clique aqui.
|
|
Apolo11.com - Todos os direitos reservados - 2000 - 2024
"Dignidade não consiste em possuir honrarias, mas em merecê-las" - Aristóteles -