Quarta-feira, 2 jul 2014 - 11h02
Por Rogério Leite
Uma grande mancha que surgiu recentemente na superfície do Sol já está chamando a atenção dos especialistas devido às suas características. A feição tem configurações magnéticas explosivas e já pode ser vista sem auxílio de binóculos ou telescópios.
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Além do grande tamanho, a anomalia apresenta características magnéticas do tipo Beta-Gama-Delta, uma configuração tão complexa que é impossível traçar uma linha contínua entre os pontos de polaridades opostas dentro do grupo. Regiões ativas com essas características podem ser responsáveis por emissões de flares solares de intensidade bastante alta, que podem ser acompanhadas de ejeções de massa coronal de elevada densidade. Em 25 de fevereiro, uma mancha de características semelhantes, AR 1990, emitiu um poderoso flare de raios-x de classe X4.9, um dos maiores desse ciclo. A emissão injetou no topo da atmosfera da Terra nada menos que 62 gigawatts de potência em raios-x, o mesmo que a energia gerada simultaneamente por cinco usinas de Itaipu.
Para ver a mancha, você deve usar óculos especiais vendidos em sites de astronomia ou então usar a conhecida lente de soldador número 14. Não utilize CDs, chapas de raios-x ou qualquer outro dispositivo. Mesmo que pareça escurecer o Sol, esses utensílios são extremamente perigosos pois não bloqueiam adequadamente a radiação infravermelha que chega aos olhos. Clique para ampliar
Uma mancha é considerada grande quando mede entre 300 e 500 milionésimos do disco solar. A maior mancha conhecida foi registrada em 1947. Ela tinha 6132 milionésimos, cerca de 1/7 do disco solar.
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