Segunda-feira, 13 out 2014 - 11h12
Por Rogério Leite
Alguns os descrevem como similares a fogos de artifício, outros como luzes dançantes ou chuveiros de raios. O fato é que até agora ninguém sabe como se formam os sprites, um dos mais intrigantes fenômenos elétricos que ocorrem em nossa atmosfera.
Apesar dos sprites (ou os gigantic jets) terem sido vistos algumas vezes no século passado, os cientistas atmosféricos só reconheceram sua existência após 1989, quando foram fotografados pelas câmeras a bordo dos ônibus espaciais. Atualmente, devido à grande quantidade de câmeras de alta sensibilidade e maior interesse em sua observação, o registro dos sprites tem ocorrido com maior frequência, mas ainda assim o mistério permanece e os cientistas ainda não conseguiram decifrar como eles se formam.
Eles se desenvolvem a cerca de 80 km e altitude e crescem em todos os sentidos, inicialmente para baixo e em seguida para cima.
De acordo com Van der Velde, cientista atmosférico ligado ao Laboratório de Aerologia da Universidade Paul Sabatier, na França, a primeira vez que o fenômeno foi observado foi no ano de 2001 em Porto Rico, pelo pesquisador Victor Pasko. A partir de então, até 2007 apenas 30 ocorrências foram registradas em todo o mundo, a maioria delas em alto-mar. Apenas duas foram registradas em áreas continentais e até 2007 nunca haviam sido observados nos EUA.
As cenas estão disponíveis no vídeo mostrado no topo do artigo e foram registradas a mais de 10 mil frames por segundo, cerca de 350 vezes mais rápido que os registros feitos por câmeras convencionais. Nesta velocidade, diversos detalhes desconhecidos puderam ser praticamente congelados no tempo, o que permitiu aos cientistas visualizar de forma inédita como se forma o fenômeno. Infelizmente, as pistas visuais fornecidas por esses vídeos não resolvem totalmente o mistério da origem dos Sprite. De acordo com diversos especialistas, esse raios provavelmente ocorrem quando existem irregularidades de plasma na atmosfera superior, mas será preciso mais análises para entender como essas irregularidades atuam na formação desse intrigante fenômeno elétrico. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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