Segunda-feira, 31 out 2016 - 12h42
Por Rogério Leite
Entre o final de outubro e início de novembro de 2003, nosso Sol passou por um dos momentos de maior atividade já registrada, produzindo uma sequencia emblemática de explosões extremamente fortes que atingiram nosso planeta. Como o evento ocorreu próximo ao dia das Bruxas nos EUA, foi batizado por pesquisadores estadunidenses de Halloween Storm.
Clique para ampliar Durante os dias do evento o Sol produziu diversas explosões maiores que Classe X17, que lançaram em direção à Terra bilhões de toneladas de partículas carregadas. No primeiro impacto das partículas, o índice KP que mede a instabilidade ionosférica atingiu o nível 9 e a tempestade geomagnética que seguiu durou cerca de 60 horas, produzindo auroras boreais visíveis até em Miami.
Para que o leitor tenha uma ideia da violência do evento, a explosão danificou 28 satélites, uma sonda na órbita de Marte e provocou um apagão na Suécia. Além disso, foi registrada por diversas naves interplanetárias, entre elas a Voyager, à época na orbita de Plutão. Mesmo causando todo esse estrago, por sorte a área mais densa das partículas ejetadas não atingiu a Terra diretamente, passando de raspão pelo nosso planeta. O satélite SOHO, que registrava o evento, ficou momentaneamente cego pela descomunal quantidade de energia que atingiu seus sensores, como mostra o vídeo acima.
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