Quarta-feira, 12 ago 2015 - 08h56
Por Rogério Leite
Na medida em que se aproxima do periélio, o cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko cresce em atividade. Volátil, seu corpo aquece e sublima diante da força do Sol, que transforma em gás o material congelado desde sua formação.
Clique para ampliar 67P leva cerca de 6,44 anos para completar uma volta ao redor do Sol e nesta quinta-feira, 13 de agosto atingirá o periélio, instante em que sua distância até o astro-rei será mínima, de cerca de 186 milhões de km. O período em torno do periélio é cientificamente importante, uma vez que a intensidade da luz solar aumenta e as partes do cometa imersas em anos de escuridão são inundadas pela luz solar. Quando isso acontece, muitas partes geladas do objeto se aquecem e devido ao frio do espaço passam imediatamente ao estado gasoso. Este processo é conhecido como sublimação. Embora a atividade dos cometas atinja o ápice nas semanas seguintes ao periélio, assim como os dias mais quentes do verão geralmente vêm depois dos dias mais longos, explosões súbitas e imprevisíveis - chamadas outbursts - podem ocorrer a qualquer momento, como pode ser visto nesta imagem registrada pela missão europeia Rosetta. Clique para ampliar Situado em uma localização privilegiada, a 186 km de distância, a nave Rosetta registrou uma fantástica ejeção de material proveniente do seu núcleo e que lançou ao espaço uma grande coluna de partículas sopradas a mais de 36 mil km/h. A sequencia de imagens foi feita pelo instrumento OSIRIS e ocorreu na região conhecida como Anuket, ao lado do pescoço do cometa. A detecção foi registrada às 13h24 UTC, mas não foram observadas quaisquer evidências nas cenas registradas 18 minutos antes ou depois. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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