Terça-feira, 2 mai 2017 - 08h19
Por Rogério Leite
Um grupo de pesquisadores canadenses conseguiu registrar um raro fenômeno atmosférico, semelhante a um grande arco luminoso. O fenômeno ainda está sendo estudado, mas algumas pistas podem explicar como se forma esse raro fenômeno.
O estranho arco luminoso se formou a cerca de 300 km de altitude, segundo os pesquisadores canadenses.
O primeiro a notar o fenômeno foi o físico Eric Donovan, ligado à Universidade de Calgary, que identificou a gigantesca coluna de luz violeta também nas fotos de longa exposição. Inicialmente, a coluna de luz foi definida como um arco de prótons, mas Donovan descartou essa hipótese, já que um fenômeno dessa natureza não poderia ser visível a olho nu. Para tentar entender como o fenômeno se formou, Donovan e seus colegas utilizaram dados dos sensores de um dos satélites da constelação SWARM, que passava sobre o local no momento em que o arco luminoso foi registrado. Com base nestes dados, Donovan descobriu que a coluna era formada por uma corrente de plasma em grande velocidade, que fluía nas camadas mais elevadas da atmosfera. Segundo o pesquisador, os dados do satélite mostraram que a 300 km de altitude na localidade da coluna luminosa a temperatura subiu repentinamente mais de 3 mil graus Celsius, revelando uma espécie de esteira de plasma com cerca de 25 km de largura e velocidade de deslocamento de 10 metros/segundo. Embora os dados de satélite tenham identificado parte das características físicas da luz violeta, os cientistas ainda não sabem exatamente como a coluna se formou. O que se sabe é que não é um fenômeno similar às auroras polares, já que essas resultam da ionização dos átomos nas altas camadas da atmosfera pelo choque com as partículas solares.
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